Eu não acredito em paraíso. Não acredito em finais felizes. Não acredito em Oásis. Eu acredito na dor. Acredito no inferno. Acredito no medo. Acredito na morte. Cansei de ser inocente e nunca ver as minhas feridas se cicatrizarem com o tempo que passa, agressivo, varrendo de mim todo o resto que ainda luza de esperança sobre meus nacos mofados pelo sereno. Os dias vêm me surrando, me conduzindo às lúmias e buracos escuros. Todo esse impacto de filosofias bizarras cansam minha paciência… fazendo de mim uma marionete involuntária, destinada a olhar pro chão e se contentar em ter nascido prematuramente preparado a morrer em pouco a cada dia, sentindo luto de mim mesmo por essa conspiração penitenciária que chamamos de vida.